domingo, 11 de março de 2007

Dizer ii

[no seguimento disto]
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com 9 anos sabíamos já de cor alguns versos d' Os Lusíadas

com 11 aprendíamos aquela palavra difícil relacionada com vulcanologia (piroclastos)

com 13 anos gostávamos de trigonometria

e com 16 escrevíamos numa folha de teste os particularismos do regime franquista.



no entanto, prestes a terminar esta jornada de 15 anos seguidos de livros e de canetas,
tal não ajuda a saber o que fazer
nem o que escolher.

sábado, 10 de março de 2007

Mente que enlouquece; corpo que perece...















Quem é que fica doente só de pensar que tem de trocar cadeiras?
Quem é que fica febril e acorda com a mão na cabeça, que explode de dor, por causa de normais escolhas de horários e programas mais ajustados ao futuro que se (ambiciona) deseja?
Quem é que quer fazer um curso todo num dia porque julga que o mundo vai acabar amanhã? Ou...Ainda hoje?
Dói-me o corpo, dói-me a alma. Dói-me o coração...
Dividida estou profundamente entre a tristeza da despedida e a vontade de subir mais um degrau!

quarta-feira, 7 de março de 2007

Passamos a vida a queixar-nos de que estamos fartos de estudar. Que estamos fartos da autoridade dos professores. Que queremos, mais do que tudo, ver o fim do túnel e poder respirar de alívio à luz do dia.

Mas, quase chegados ao fim, fica a incerteza e a dúvida: como imaginamos a nossa vida sem aquela rotina de ir todos os dias para a escola, livros na mala, sentarmo-nos ao pé das pessoas que sabemos que gostam de estar connosco, almoçar numa cantina duvidosa mas que acabamos por suportar porque as horas ali passadas são as mais divertidas, estudar em véspera de exame. O que será de nós, quando acabar aquilo a que estamos habituados desde os seis anos de idade?

A próxima paragem é o mundo dos adultos. Estamos preparados?

quinta-feira, 1 de março de 2007

Curta-metragem

O fim. Não do mundo, não de um qualquer filme, mas do filme da nossa juventude. Foi ontem que, enquanto fazia o caminho que faço há quase três anos, me apercebi que estamos bem perto do fim desta curta-metragem que nos tem feito sentir se tantas formas diferentes.